terça-feira, 1 de julho de 2008

Nossa linda juventude


Agora que estou mais para os 40 do que para os 30, já não faço parte do rebanho usado como bode expiatório da moralidade: a juventude. Enquanto ensaio o que dizer sobre a lei seca - e outras restrições - sugiro o texto do Josimar Melo. http://josimarmelo.blog.uol.com.br/. Vou tomar uma e já volto - a pé, xiitas.
Arrout! Desculpem pela demora e a falta de educação - ensino básico no EEPG Ludovina Credídio Peixoto deu nisso. Hoje, foi a vez de Dráuzio Varela falar e defender a Lei Seca. Ao menos afirmou (o termo ganha até uma conotação de confissão nesses tempos de patrulha) que gosta de tomar sua cachaça antes do almoço. Mas, segundo acredita, se ao menos uma vida for salva pela Lei, ela é justificada. Fico imaginando como ficariam os sadomasoquistas se a morte do vocalista do INXS gerasse uma Lei da Seca - punheta, só com cinto de segurança ou no táxi, sei lá. É como eu digo, o bêbado amador custa caro ao profissional. Além de batucarem nas mesas, vomitarem nos banheiros e perturbarem a desordem pública do bar (onde o anarquismo pode dar certo), agora acabaram com a possibilidade de tomar uma (ou umas, afinal eram dois chopes na conta do Detran) antes de dirigir. O que, é bom frisar, não é nenhum prazer. O que faltava não era responsabilidade, era fiscalização.
Por que não, para variar, fazer um conjunto de medidas junto com a Lei? Ok, é mais rígida, então que se crie opções. Fim da bandeira dois nos táxis, por exemplo (a clientela vai aumentar, portanto os taxistas não saem perdendo). Vans oficiais de madrugada (frentes de trabalho!) e metrô até pelo menos 1 da manhã. Incentivo para o desenvolvimento de cerveja decente sem álcool. Ou tudo não passa de um ato moralista contra a eterna inimiga da sociedade: a juventude. E nem adianta subir no ringue contra ela. Cada vez mais estendida, a categoria tem toda a pinta de virar os latinos dos Estados Unidos. A maior minoria do pedaço.