segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

"Queria estar debaixo da terra."

Fiquei devendo o trailer do documentário 'Who Killed Nancy?', de Alan Parker. Aí vai:

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

El mundo és un barrio


O Matias postou o trailer do novo documentário de Stacy Peralta, sobre as gangues Crips e Bloods, cuja rivalidade atravessa mais de três décadas de matança e influênciou todo o gangsta rap, que não por acaso nasceu em Los Angeles. Isso me lembrou de um doc. feito pela History Channel sobre a Mara Salvatrucha, que pode ser descrita como o pior pesadelo do segmento. No início, eram salvadorenhos fugidos da guerra civil que devastou El Salvador nos anos 80 e que encontraram um ambiente tão hostil quanto em Los Angeles - sofriam nas mãos de Crips, Bloods e Sureños, esta última formada por chicanos e nascida nas prisões para defende-los das duas primeiras. (Dá para perceber o efeito dominó que só faz a violência aumentar, afinal você tem de ser mais cruel que o seu agressor se quiser 'ganhar respeito'.)
O núcleo que formou a Mara ouvia heavy metal - até hoje usam o símbolo do chifrinho, mas com os rostos completamente tatuados, fica difícil achar graça -, porém o rap roubou toda a credibilidade que o rock poderia ter nas ruas - e nem precisa culpar a turma do Coldplay. A gangue sinaliza uma mudança no submundo de Los Angeles, agora dominado por latinos; assim como no boxe, um excelente medidor para saber quem está por baixo na sociedade americana. Me dê um punhado de campeões mexicanos, por exemplo, e você recebe gangues da mesma procedência. É tudo sobre dinheiro, certo? Quem assiste The Shield (nerds da ficção científica? Não...) tem uma ideia do que vem a seguir: armênios, russos e a rapaziada bonita do Leste Europeu. Saca aí embaixo o filmes da History sobre a Mara e, depois, sobre os sureños.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Esta é a sua vida


Só pode ter sido o fracasso que subiu à cabeça de Mickey Rourke. Agora ele ressurge em um filme fudido de bom. A cena em que ele e Marisa Tomei elogiam Def Leppard e Motlëy Crüe é simbólica: assim como a luta livre e a prostituição, o hard rock mais farofa, meio hair, meio glam, é picareta, falso - mas divertido, dependendo de seu humor para a coisa. "E aí veio o Kurt Cobain e estragou tudo!", diz ela, que aparece de fio dental em outra cena marcante (abaixo). "Os anos 90 foram uma bosta", reclama ele. Quebrar a cara deveria ser o nosso alistamento militar.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Locas


Resgatei a coletânea 'Pircórócócór' que estava na casa de meus pais, especialmente pelo No Class - a demo 'That's All Folk's' é melhor, mas não tenho toca-fitas. Lembro da primeira vez que os vi tocando, em uma festa numa casa desocupada, acho que no Morumbi. Festinha de um povo de teatro, então imagine a surpresa de encontrar uma banda tocando punk bubblegum, com duas garotas (Carol e Karina) que eram a mais perfeita tradução do que o Jaime Hernandez desenhava no gibi 'Locas'. Foi uma empatia imediata. Carol parecia mais intelectualizada e Karina, embriagada. A banda voltou em 2008 sem elas e o Sergião, que se tornou um amigo naquele tempo - início dos anos 90. Abaixo há um vídeo com trechos de um show no Juntatribo, festival que aconteceu em Campinas e contou ainda com o Planet Hemp, Virna Lisi e Little Quail. Estive lá, em 1994, com o Murilo, que na época era dono do Blackjack e dava espaço para essa 'cena' em SP. Leia mais sobre o festival aqui: http://senhorf.com.br/agencia/main.jsp?codTexto=3524

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Who Killed Nancy?


Estreou ontem, na Inglaterra, o documentário do jornalista Alan G. Parker sobre a última noite de Nancy Spungen. Parece que a mãe de Sid Vicious pediu a Parker que 'limpasse' o nome do filho, que morreu pouco depois, causando o fechamento do caso pela polícia. A imprensa musical nunca deu muita bola para o assunto (até a 'morte' de Paul McCartney foi mais 'investigada'), como se os Sex Pistols não fossem tão importantes quanto os Beatles (culturalmente; o legado musical é outra história). O livro Mate-me Por Favor, de 1996, reforça as suspeitas de que aconteceu outra coisa no quarto 100 do Chelsea Hotel. Um traficante que morava em Hell's Kitchen foi a última pessoa a ficar na festinha preparada pelo casal no dia 11 de outubro de 1978. Como de costume, Sid estava desacordado, chapado de drogas. O trafica, que o documentário agora chama de Michael, teria tentado roubar o dinheiro que estava no criado-mudo e, flagrado por Nancy, usado uma faca do baixista para matá-la. Se o filme de Parker presta, não sei - depois de baixar, digo. Ele fez mais de dois livros sobre Sid Vicious, o que é no mínimo bizarro. Quando o Ricardo Alexandre me passou um freela para fazer a biografia dele (Sid), agradeci pela grana fácil. O cara morreu aos 21!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Meus anti-heróis morreram de overdose III


Vai usar salto agulha na casa do capeta.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A melhor banda do último ensaio


Ontem vivi meu dia de anthology. No ensaio/bebedeira do The Books, o Tony apareceu com uma caixa de sapatos recheada de raridades. Músicas que nem lembrava mais, como 'Mind the Gap' e 'Chessback' (a primeirona, de 1997), fitas demo, masters de um disco que não saiu, flyers e umas fotos - em uma delas aparece meu velho Impala 1963, o Ramirez. Nunca achei a banda exatamente inovadora (coloque o pós-punk na zoeira do Pixies, certo vacilo na execução, e lá estamos nós), mas havia algo (espero que positivo) que nos distanciava até fisicamente das outras. Talvez só fossemos mais velhos. Nenhum outro blog se importa, então o furo é meu. Rá.