quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

El mundo és un barrio


O Matias postou o trailer do novo documentário de Stacy Peralta, sobre as gangues Crips e Bloods, cuja rivalidade atravessa mais de três décadas de matança e influênciou todo o gangsta rap, que não por acaso nasceu em Los Angeles. Isso me lembrou de um doc. feito pela History Channel sobre a Mara Salvatrucha, que pode ser descrita como o pior pesadelo do segmento. No início, eram salvadorenhos fugidos da guerra civil que devastou El Salvador nos anos 80 e que encontraram um ambiente tão hostil quanto em Los Angeles - sofriam nas mãos de Crips, Bloods e Sureños, esta última formada por chicanos e nascida nas prisões para defende-los das duas primeiras. (Dá para perceber o efeito dominó que só faz a violência aumentar, afinal você tem de ser mais cruel que o seu agressor se quiser 'ganhar respeito'.)
O núcleo que formou a Mara ouvia heavy metal - até hoje usam o símbolo do chifrinho, mas com os rostos completamente tatuados, fica difícil achar graça -, porém o rap roubou toda a credibilidade que o rock poderia ter nas ruas - e nem precisa culpar a turma do Coldplay. A gangue sinaliza uma mudança no submundo de Los Angeles, agora dominado por latinos; assim como no boxe, um excelente medidor para saber quem está por baixo na sociedade americana. Me dê um punhado de campeões mexicanos, por exemplo, e você recebe gangues da mesma procedência. É tudo sobre dinheiro, certo? Quem assiste The Shield (nerds da ficção científica? Não...) tem uma ideia do que vem a seguir: armênios, russos e a rapaziada bonita do Leste Europeu. Saca aí embaixo o filmes da History sobre a Mara e, depois, sobre os sureños.

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