quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Quem será o próximo?


17 mil bilhetes em menos de seis horas, com tíquetes a US$ 150 no setor mais barato. Não é a Madonna, mas o combate de Oscar De La Hoya contra o filipino Manny Pacquiao, em Las Vegas, é, mantendo a analogia musical, a apresentação de um megastar em tempos de sucessos efêmeros e falta de ídolos. Aos 35 anos, De La Hoya está próximo da aposentadoria e não vê ninguém no esporte com o mesmo carisma.
Durante os anos 90, ele e Mike Tyson foram os grandes chamarizes de dinheiro/novos espectadores para o boxe, cada um a sua maneira e aparência (galã x brucutu, bom-moço x maloqueiro). Na linguagem do economês, Tyson foi o bruto, montanha de grana que se formava em poucos minutos, num nocaute espetacular que não atrapalhava a madrugada de ninguém; Hoya ainda é o líquido, o sujeito que pensa no futuro do esporte, que exige do fã o entendimento e a apreciação da técnica. Não por acaso, Hoya trabalha também como empresário e afirma, em outras palavras, querer "salvar" o boxe, revelar os próximos astros. A luta acontece no sábado, à meia-noite, e passa na HBO.

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