sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Quem é essa garota?


Mallu Magalhães? É melhor ler sob a assinatura do Arnaldo Branco (http://www.oesquema.com.br/mauhumor). Essa história de todo mundo torcendo a favor , como ele afirma, é muito ruim para o futuro dela - já li coisas como "(Mallu) desafina horrores, mas convence". Uma garota que começa aos 14 tocando Dylan e Cash só pode regredir, para ser otimista e não entrar no mérito do que esses artistas realmente significam em seu mundo adolescente. Escapismo é pouco e, na boa, sou mais achar Sid Vicious e Keith Richards "os caras" quando as espinhas te fazem companhia. É por aí, do zero, do rompimento ilusório com o mundo adulto e intelectualizado, que Mallu poderia construir uma personalidade forte que aguentasse o baque que vem a seguir, quando finalmente se der conta que o hype foi longe demais (vide Planeta Terra). Mallu tem pela frente somente a frustração de nunca se igualar a seus ídolos. Com o agravante de ter a cinta imaginária do pai para lhe açoitar. Há uma identificação neurótica de parte da crítica musical com ela. Essas lacunas que os jornalistas precisam preencher vão fazer mal à carreira da garota. Não precisamos de uma Cat Power, certo?

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