segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O mercado que se foda


Nunca faltou sagacidade nos títulos de filmes pornô. Do clássico "Senta no Meu que Eu Entro na Sua" (uma pornochanchada, na verdade) ao "Fiz Pornô... Continuo Virgem" dá para se divertir com o gênero apenas olhando as capas dos DVDs na seção específica das locadoras. Pensei nisso hoje, ao perder o coquetel de lançamento do último título, estrelado por Caroline Miranda - o não-gancho jornalístico deste texto. A mesma empresa, a Sexxxy World ainda tem o "Foda de Elite", vai vendo...(no link no fim do texto)

Mas nem tudo é gozado no universo do entretenimento adulto. A Buttman, uma das maiores produtoras americanas, simplesmente faliu no Brasil. O mercado reclama da pirataria - e certamente nenhuma associação bancada pela indústria fonográfica comprou a causa do pornô. Se a questão dos direitos autorais de nossos queridos roqueiros pode nos sensibilizar, em relação aos atores e atrizes pornôs você quer simplesmente que eles se fodam. A direção sentido "celebridades" que o segmento tomou pode ser interpretada como uma manobra para ganhar mídia espontânea - o Superpop é um caso à parte, sendo travesti ou cachorra do funk anônimas já está valendo. Ou, simplesmente, que não há vagas na "Malhação" para tantas atrizes - se bem que o caminho inverso, da "Malhação" para o pornô, seja mais curto do que se pensa. (Atualizando, o vídeo com Frota e Cadillac, gravado em 2006, vai ser lançado agora - consumidores podem sofrer de precocidade ejaculatória; o mercado, não.)
Enquanto o mercado vive sua pior crise, a única certeza é que nunca houve tanta gente vendo pornografia como agora. Também neste aspecto, sexo e rock'n'roll caminham juntos.

Nenhum comentário: